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NOSSA HISTORIA NOSSA IDENTIDADE – REVITALIZANDO A MARUJADA

Premiado no EDITAL DE SELEÇÃO PÚBLICA Nº 01, DE 26 DE ABRIL DE 2018 CULTURAS POPULARES: EDIÇÃO SELMA DO COCO – MINISTÉRIO DA CULTURA DA CIDADANIA E DA DIVERSIDADE CULTURAL. Tem como objetivo realizar:

• SEMINÁRIO SOBRE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL;

Palestrante 1: DINHO DINIZ – Escultor e Restaurador de Patrimônio Tombados e Edificados.
Tema: Patrimônio Cultural Material

Palestrante 2: ROSILDO DO ROSÁRIO – Mestre da Chegança dos Marujos Fragata Brasileira de Saubara e Coordenador da Rede de Cheganças e Marujadas da Bahia.
Tema: Patrimônio Cultural Imaterial (indagável)

Mediador do Seminário: João Pereira de Souza Filho – Educador, Militante Cultural, Assessor Cultural, Cantor e Compositor.

Atração Artística: Samba de Roda

Data: 08/06/2019
Local: CTL da Igreja de Santo Antonio
Horário: 8:00 hs

• I ENCONTRO DAS MARUJADAS E CHEGANÇAS DO TERRITÓRIO VELHO CHICO;

Estarão presentes o grupo da Marujada de Chegança – Bom Jesus da Lapa/BA, Chegança dos Marujos Fragata Brasileira – Saubara/BA, Marujada do Mangal Barro Vermelho – Sitio do Mato/BA e a anfitriã Marujada do Divino Espírito Santo – Paratinga/BA.

Data: 08/06/2019
Local: Saída do Cortejo da Praça da Bandeira no Tomba
Horário: 17:00 hs

APOIO CULTURAL

Governo Municipal de Paratinga – BA
Secretaria de Cultura e Promoção da Igualdade Racial
Secretaria Municipal de Educação
Assessoria de Comunicação
Paróquia de Santo Antonio
Rede das Marujadas e Cheganças da Bahia
Governo Municipal de Saubara – BA
Governo Municipal de Bom Jesus da Lapa – BA
Governo Municipal de Sitio do Mato – BA

PACEIROS(A) CULTURAIS:

Jaysa Rocha
Ivoneth Galvão
Dr. Erico Brandão
Vereador Toge
Dra. Amenaide
Paulo Rego

REALIZAÇÃO: Marujada do Divino Espírito Santo de Paratinga
PROPONENTE: Mestre Antonio Damião
COORDENADOR: Uilian Bispo

Chegamos a um Porto

Por Rosildo Rosário
Fotos: Reinilson Rosário

No último dia 11 de fevereiro de 2019 o governador do Estado da Bahia assinou o decreto de nº 18.905 que, em seu artigo 1º reza: “Fica registrado no Livro de Registro Especial de Expressões Lúdicas e Artística as Cheganças, Marujadas e Embaixadas”.

Foram muitos os esforços de todos os envolvidos. Iniciamos os trabalhos em 04 agosto no ano de 2013, ocasião da realização do I Encontro de Cheganças da Bahia na cidade de Saubara. Éramos 3 grupos de Saubara, 2 de Camaçari (Arembepe) e 1 de Jacobina, Taperoá e Cairu. Ser reconhecido como Patrimônio Cultural é ser desafiado a continuar uma luta ancestral, é reforçar o pertencimento, é também reconhecer os novos tempos, entender as nossas responsabilidades com o bem cultural ao qual pertencemos e estarmos mais conscientes ao cobrar dos nossos pares que cumpram com as suas. Ser reconhecido como patrimônio é compreender a importância que temos para a construção de uma consciência coletiva, reforçando a cada instante nossa identidade a partir daquilo que produzimos com a força e resistência de bravos. Novos desafios se apresentam e, a partir de agora, precisaremos cada vez mais estar juntos para garantir vida longa à nossa tradição. Vamos, coletivamente, construir um sólido plano de salvaguarda para nos orientar como prosseguir.

Como parte desse processo iniciado em 2013, realizamos a partir de meados de 2017 a meados de 2018 um inventário que nos revelou a existência de 21 grupos ativos, em 14 municípios de 8 territórios de identidade:

• Extremo Sul (Alcobaça, Caravelas e Prado) grupos ( Embaixada de  Caravelas,  Marujada de Prado,  Embaixada de Prado, Marujada de Alcobaça e Embaixada de Alcobaça);

• Região Metropolitana de Salvador (Camaçari) grupos (Chegança Feminina de Arembepe e  Chegança Masculina de Arembepe);

• Recôncavo (Saubara) grupos (Chegança dos Marujos Fragata Brasileira,  Chegança Feminina Barca Nova e Chegança dos Mouros Barca Nova);

• Piemonte da Diamantina (Jacobina) grupo ( Marujada de Jacobina);

• Baixo Sul (Taperoá e Cairu)  grupos (  Chegança de Taperoá e  Chegança de Cairu);

• Chapada Diamantina (Andaraí e Lencóis) grupos ( Marujada do Espirito Santo de Andarai,  Marujada de Lençóis e Marujada  de Remanso – Lençóis);

• Sertão do São Francisco (Curaçá) grupo (Marujada de Curaçá);

• Velho Chico (Sitio do Mato, Bom Jesus da Lapa e Paratinga) grupos (Marujada de Mangal- Sitio do Mato,  Marujada de  Paratinga e  Marujada de Bom Jesus da Lapa).

Esse processo, revelou para nossa tristeza, que mais de 50 grupos deixaram de existir. Mas essa descoberta nos impulsiona a continuar nesse navegar em busca de novos portos. Este reconhecimento significa a abertura de novos tempos. Assim como os marujos estão em alto mar, vislumbra o horizonte, o registro como Patrimônio Imaterial, inaugura os caminhos de uma nova história, quando podemos contar com nossa própria voz e nosso próprio corpo. As gerações futuras saberão de nós, não ficaremos mais escondidos no folclore, nosso grito ecoará pelos becos e mares do mundo.

Se cada qual é para o que nasce, a Marujada surge para compor a história da Bahia. A sala é a rua e a história passará diante dos olhos, como se o mar fosse ali. “vamos remando que é para vencer, bela viagem haveremos de ter”. Êta, Marujada!

Saubara, 13 de fevereiro de 2019.

V Encontro de Cheganças da Bahia

Na programação, louvação ao padroeiro de Saubara, mesa redonda sobre o registro das Marujadas como Patrimônio Imaterial, exposição de fotos, desfile e apresentação dos cheganceiros locais e convidados de Andaraí, Cairu, Camaçari, Jacobina, Paratinga, Remanso, Taperoá e Lençóis.

A Associação Chegança dos Marujos Fragata Brasileira agita Saubara, pequena cidade do recôncavo baiano (110km de Salvador), com os preparativos para realizar a quinta edição do Encontro de Cheganças da Bahia que acontecerá nos dias 4 e 5 de agosto de 2017.

CLIQUE PARA VER CONVITE

A Chegança ou Marujada é considerada uma “dança dramática”. Essa expressão foi popularizada por Mário de Andrade e é o nome genérico com que os folcloristas brasileiros designam os grandes bailados populares que se baseiam num assunto determinado e têm, na sua maioria, partes faladas e representadas, como é o caso das Cheganças e Marujadas.

Os grupos em suas apresentações, retratam fatos históricos de forma lúdica e transmitem para o observador a sensação de estar presenciando marujos dentro de uma embarcação em alto mar. “São mais de duas dezenas de grupos espalhados em todo Estado. Com esse movimento, busca-se incentivar a permanência da tradição das Cheganças na Bahia”, diz Rosildo Rosário, coordenador geral do evento.

O V Encontro de Cheganças da Bahia é realizado com o apoio financeiro do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI)/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia/Governo do Estado da Bahia, apoio do IPAC, SUDECULT, SUPROCULT e apoio cultural das prefeituras de Saubara, Andaraí, Camaçari, Taperoá, Cairú, Paratinga e Lençóis.

Patrimônio Cultural

O I Encontro de Chegança da Bahia, realizado em 2013, em Saubara, reuniu oito cheganças de quatro municípios. Foi um passo importante para dar visibilidade aos grupos organizados no estado.

Além de promover o encontro dos cheganceiros em busca de reconhecer semelhanças e diferenças na forma como realizam sua performance, esse evento, criou um espaço de conversa sobre a Marujada. Na ocasião, foi encaminhado o pedido de registro dessa manifestação popular tradicional como Patrimônio Cultural da Bahia.

Desde então, o Encontro é realizado anualmente e o processo está na fila do IPAC, aguardando o próximo passo para a produção do Dossiê das Cheganças e registro definitivo, efetivado pela inscrição das Cheganças no Livro de Registro Especial das Expressões Lúdicas e Artísticas.

PROGRAMAÇÃO

DIA HORA ATIVIDADE LOCAL
4/8 8h Recepção de lideranças dos grupos visitantes Sede da Chegança Fragata Brasileira. Rua Boca da Mata, s/n. Saubara-Ba
11h Apresentação do Grupo Chegança Fragata Brasileira na Missa de São Domingos de Gusmão Igreja de São Domingos de Gusmão. Saubara-Ba
19h Reunião aberta à comunidade em geral e representantes dos grupos de Cheganças da Bahia Sede da Sede da Chegança Fragata Brasileira. Rua Boca da Mata, s/n. Saubara-Ba
5/8 9h Reunião entre as lideranças das Cheganças e representantes do Estado > Mesa: Caminhos já percorridos para o Registro e o que falta para completar a caminhada Sede da Sede da Chegança Fragata Brasileira. Rua Boca da Mata, s/n. Saubara-Ba
15h Desfile dos grupos:
Chegança dos Marujos Fragata Brasileira, Chegança Feminina Barca Nova, Chegança de Mouros Barca Nova Feminina (Saubara), Chegança dos Mouros de Arembepe, Chegança Feminina de Arembepe (Camaçari), Marujada de Paratinga, Marujada de Cairú, Chegança de Taperoá, Marujada do Divino Espírito Santo de Andaraí, Marujada de Remanso, Chegança de Lençóis, Marujada de Jacobina
Saída da Rua do Lavador
17 às 19h Apresentação Rua da Amendoeira
9h às 20h Exposição de fotos: Thales Antonio e o fuzuê da Fragata Brasileira Praça 13 de junho

 

Contatos: chefrabra@gmail.com

 

Destaque de Julho

A programação de julho no Espaço Cultural da Marujada tem um momento especial. Grande celebração coloca juntos o Jongo, as Cheganças e o Samba de Roda. Dia 22 de julho, das 9h às 16h, na sede da Fragata Brasileira em Saubara. Oficinas, apresentações, conversas com os mestres.

Cartaz 22jul - saubara

Mulheres do Samba de Roda se revelam

A Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (ASSEBA), a Rede do Samba de Roda do Recôncavo Baiano e a Chegança dos Marujos Fragata Brasileira apresentam o documentário Mulheres do Samba de Roda. A primeira exibição será realizada no dia 5 de dezembro (sábado), às 9h30, na sede do Centro de Referência do Samba de Roda (Santo Amaro).

> Acompanhe também a nossa página -> facebook.com/MulheresdoSambadeRoda

Rosildo Rosário, que coordenou a realização do documentário, comenta seus aprendizados: “Esse projeto é revelador de ideias que aparentemente estavam escondidas. Entendemos como um trabalho completo e que merece todo reconhecimento e valorização. Além da grata satisfação de trabalhar diretamente com essas mulheres do samba, temos o registro da mulher negra”.

No documentário, 16 mestras sambadeiras mostram seus trajetos e trejeitos, histórias e memórias. Na mesma ocasião, acontece a abertura da exposição fotográfica Mulheres no Samba de Roda: histórias e conquistas. Serão lançados também um CD e o livro com minibiografias dessas 16 mulheres. Ouça aqui >

 

Dalva, D. Nicinha e Rita da Barquinha estão entre as homenageadas. Todas elas imprimiram sua marca na estética e na política da cultura popular do recôncavo, por meio de manifestações culturais como os ternos de reis, terno do acarajé, cheganças, maculelê, capoeira, ranchos, candomblé entre outras.

A coordenadora executiva do projeto, Luciana Barreto, conta que, entre as intenções, “buscou-se construir um acervo das vozes dessas velhas sambadeiras das comunidades negras. São vozes que tendem a sumir”. As 17 faixas são versões femininas de clássicos do samba do recôncavo, como Alô Meu Santo Amaro e outros sambas inéditos que elas escolheram mostrar ao público pela primeira vez.

Protagonismo: as obras, em seu conjunto, buscam demonstrar a ampla inserção social das sambadeiras. Mulheres que, precocemente, assumiram as obrigações da casa para ajudar seus pais. São marisqueiras, agricultoras, comerciantes, empregadas domésticas. Estão retratados os seus saberes e protagonismo no enfrentamento de toda forma de violência contra a mulher e a conquista do direito de se expressar, de ter renda própria, saúde, educação. São biografias que constituem um importante acervo para as novas gerações.

Para os coordenadores do projeto Mulheres do Samba de Roda, os resultados são surpreendentes e, mais do que nunca, necessários. “As mulheres sambadeiras têm um entendimento amplo da vida, não se prendem meramente ao sambar. Elas nos surpreendem com seus depoimentos sobre os mais diversos temas em pauta na sociedade”, diz Luciana.

A pesquisa, realizada pela professora e etnomusicóloga Katharina Dohring, contribui para a valorização da mulher em todo o contexto social. Incentiva o aprendizado de práticas e saberes populares de matriz africana, além de sua permanência e transformação no seio da comunidade afrodescendente de sambadores e sambadeiras.

Foram selecionadas 16 mestras de 15 localidades baianas (Acupe, Bom Jesus dos Pobres, Cachoeira, Camaçari, Ilha de Vera Cruz, Feira de Santana, Irará, Maragojipe, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho, Teodoro Sampaio, Conceição do Almeida e Cruz das Almas). Assim, os territórios de identidade – Recôncavo, Região Metropolitana e Portal do Sertão –, mostram alguns dos seus tesouros.

Este projeto faz parte do conjunto de atividades que festejam os 10 anos de conquista do título conferido pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) ao samba de roda, que lhe deu a condição de “Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade”. É realizado com patrocínio do Governo do Estado e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPAC, através do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia”, por meio do Edital 16/2013 – Patrimônio Cultural, Arquitetura e Urbanismo.

Os exemplares serão distribuídos gratuitamente para as mulheres retratadas e seus grupos de samba, parceiros realizadores, Universidades, instituições culturais. Os demais interessados podem solicitar pelo e-mail: mulheresdosambaderoda@gmail.com

Contatos para entrevistas:

Luciana Barreto (Coordenadora do Projeto – 075 99147 8507 / 75 98178 1891)
Assessoria de imprensa: Scheilla Gumes (DRT-BA 2204) – 71 98786 3828

Serviço:

O quê: Lançamento coletânea Mulheres do Samba de Roda (Documentário, CD e livro)
Dia: 5 de dezembro
Hora: 9h30
Local: Centro de Referência do Samba de Roda (R. do Imperador, 1, Santo Amaro)
Preço: Distribuição Gratuita para Universidades, instituições culturais e demais interessados

III Mostra do Samba de Roda de Saubara

Venha e colabore com os Sambadores e Sambadeiras de Santo Amaro, vítimas da enchente provocada pelas chuvas de 11 de abril. Doe1kg de alimento não perecível e ganhe um CD de Samba de Roda. O pessoal do Ponto de Cultura da Chegança em Saubara está recebendo as doações.

Veja a programação da III Mostra do Samba de Saubara.

III Mostra do Samba de Roda de Saubara