“Eu sou Elizabete de Souza, Mestra Bete. Tenho 67 anos de idade. Minha história na Chegança Feminina de Arembepe é uma história muito boa porque eu fiz o que eu sempre tive vontade de fazer. A Chegança começou no dia 30 de setembro de 2002 (mas começamos a ensaiar no final do ano de 2002), nos reunimos, eu e a senhoras que participavam do grupo da terceira idade e resolvemos fazer Chegança de Mulheres. Eu fui na casa de meu compadre Antônio Santa Rita, Mestre da Chegança Masculina e disse que eu ia fazer uma Chegança de Mulheres e ele falou para mim que mulher que é mulher não fazia Chegança, mulher fazia era Terno de Reis e Samba de Roda. E eu disse para ele: mas eu vou fazer a Chegança de Mulher! Porque mulher faz tudo! Ele disse: quero ver se a senhora tem coragem de fazer esta Chegança! Eu fiz e deu certo. Daí, fui a casa dele apresentar a CHEGANÇA FEMININA DE AREMBEPE já com tudo pronto para mostrar a ele. E ele bateu palmas e chorou e disse que as nossas “raízes”, a nossa cultura popular não vão se acabar. E continuamos com a Chegança Feminina de Arembepe até hoje. Fazemos reuniões, ensaios e nos apresentamos onde somos convidadas com muita satisfação e felicidade. A Chegança representa a chegada dos portugueses no Brasil. Na vinda de Portugal para o Brasil houve uma batalha entre os portugueses e os turcos, daí os portugueses venceram a batalha e chegando ao Brasil foram comemorar. Tocamos pandeiros e cantamos músicas que contam esta trajetória no ritmo do bailado”.
O grupo tem 30 integrantes e se apresenta no próprio município e em outras localidades. Contatos: (71) 3624 – 3382 e (71) 8746 – 8370.